PCCS é obrigação da prefeitura e direito dos servidores da saúde
23/11/2015As entidades sindicais representativas dos servidores do município do Rio de Janeiro da área da saúde vêm a público expressar sua contrariedade e indignação diante da declaração recente do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, segundo a qual o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria não avança devido à falta de entendimento do movimento sindical.
Além de considerarmos que não faz parte das atribuições de um secretário de saúde tecer comentários sobre questões internas do movimento sindical dos servidores, é importante esclarecer que o real motivo pelo qual o PCCS ainda não se tornou realidade é a não apresentação por parte da prefeitura do Rio da segunda parte de sua proposta.
Em meados deste ano, o responsável pelos Recursos Humanos da prefeitura apresentou aos sindicatos uma proposta parcial. Dela não constavam os valores dos salários, que estariam sendo elaborados pela Secretaria de Administração.
Os sindicatos foram informados na ocasião de que na reunião seguinte tomariam conhecimento do restante da proposta. A partir de então, sob a justificativa oficial de que o processo das conferências municipal e estadual de saúde embaralhou o calendário, a nova reunião da Mesa do SUS foi seguidamente adiada pela prefeitura.
Também a reunião marcada para outubro último não se realizou. E, para a surpresa geral das entidades, durante audiência pública recente, o secretário diz que o PCCS não saiu até agora devido à divisão do movimento sindical, escondendo a inépcia da própria prefeitura que foi incapaz de formular uma proposta completa de PCCS.
As entidades abaixo-assinadas cobram da prefeitura do Rio a imediata apresentação integral do PCCS, obrigação do Executivo municipal e medida há muito reivindicada pelos trabalhadores responsáveis pela saúde da população do Rio de janeiro.