Saserj presente em Audiência Pública sobre a municipalização dos hospitais federais no Rio de Janeiro
16/12/2024A Comissão de Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social da Câmara do Rio de Janeiro realizou uma audiência pública nesta sexta-feira, 13 de dezembro de 2024, com a presença da diretora do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Rio de Janeiro (Saserj), Aline Salles, e do diretor Edmílson Soares Reis. O encontro teve como foco a municipalização dos hospitais da rede federal na cidade.
Entre os principais tópicos abordados, destacaram-se a falta de valorização dos servidores públicos, a ausência de diálogo com os sindicatos e a constante troca de gestão das unidades de saúde. A reunião foi presidida pelo vereador Paulo Pinheiro (PSOL) e contou com a participação do vice-presidente Dr. Carlos Eduardo (PDT) e do vogal Dr. João Ricardo (MDB), além do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL). Representantes de sindicatos e servidores tiveram a oportunidade de apresentar suas demandas e reivindicações.
O presidente da comissão ressaltou que a crise na rede federal afeta diretamente os servidores e tem um impacto ainda maior sobre os pacientes. Ele enfatizou a necessidade de diálogo entre o Poder Executivo Municipal e o Ministério da Saúde com os servidores.
Dr. Jorge Darze, da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), alertou que a municipalização pode prejudicar a população carioca e sugeriu a convocação de autoridades para esclarecer o projeto em andamento.
Ao final da audiência, o presidente da Comissão de Saúde comprometeu-se a elaborar um documento com as propostas apresentadas, que será encaminhado às comissões da Casa para que sejam adotadas as medidas necessárias.
Saserj se manifesta
O diretor Edmilson destacou a importância da luta contínua em defesa dos direitos dos trabalhadores e abordou a preocupação com a terceirização e a gestão dos hospitais federais na cidade.
Edmilson enfatizou que a proposta de transformar os hospitais em empresas públicas pode resultar na precarização do trabalho e na falta de pagamento dos salários. A situação crítica da gestão municipal foi um tema central, com críticas feitas pelo diretor à forma como os serviços de saúde estão sendo administrados.
Além disso, Edmílson afirmou que em tempos de crise política, os trabalhadores são sempre os mais afetados. De acordo com ele, a história mostra que, durante mudanças de governo, os direitos dos trabalhadores estatutários são frequentemente ameaçados. A necessidade de um concurso público foi apontada por ele como uma solução essencial para garantir a estabilidade e a proteção dos empregos.
Edmilson lembrou que a aprovação de deliberações pelos conselhos municipais deve ser acompanhada de perto, para evitar que a terceirização e a privatização dos serviços de saúde se tornem uma realidade.
Finalizando, Edmílson manifestou esperança de que a mobilização da categoria possa mudar o cenário atual e garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população.
A luta pela valorização dos trabalhadores e pela efetivação de políticas públicas justas continua sendo uma prioridade para os sindicatos presentes.